Crítica | Extinction
- Maria Fernanda de Sá
- 9 de ago. de 2018
- 3 min de leitura

Com o crescimento notável de audiência para produções de ficção científica, Netflix tem, nos últimos tempos, ampliado consideravelmente a quantidade de produtos do gênero disponíveis em sua plataforma e suas próprias produções na categoria. Extinction é uma das últimas apostas desse gênero na empresa.
Peter (Michael Peña, Luis em Homem-Formiga) é um pai de família constantemente aterrorizado por insistentes sonhos em que perde sua família. Insônia e irritabilidade, entre os problemas de uma vida familiar comum diária, causam tensão e desconexão entre os membros da família. Quando os sonhos do pai se tornam realidade, através de uma invasão agressiva, destrutiva e em massa do planeta, a família tem que lutar junta para sobreviver aos ataques.
Não há literalmente nada de original ou obviamente interessante no roteiro dessa obra, além do plot twist – que não é exatamente original, mas é inesperado. No final das contas, essa acaba sendo apenas uma produção que contém certas ambições de Blockbuster, mas perde seu impacto que é reprimido pelas pequenas telas da plataforma.
Enquanto a empresa tem apresentado boas produções que têm sido rapidamente consumidas e apreciadas pelo público (desde Stranger Things, pelo menos), aparentemente, entre as discussões de festivais e posicionamento de mercado, Netflix vêm se perdendo ao não saber criar conteúdos cujos conceitos se encaixem nas pequenas telas as quais são direcionados.
Os efeitos especiais são razoáveis e as cenas de ações instigantes o suficiente. Todos os clichés emotivos já usados em filmes de ficção científica estão presentes, assim como os óbvios apelos emocionais de crianças e desafios parentais em meio ao apocalipse. Contudo, quase nada disso funciona por causa das atuações que vão de medianas à fracas, como a de Peña.
A empresa tem crescido consideravelmente – e em pouco tempo! – a produção de séries voltadas ao público de ficção científica que é, tradicionalmente, consumidor ávido de produtos da categoria, mas tem falhado e, dessa vez, miseravelmente. A vontade é a de pular ou acelerar mais da metade do filme que, definitivamente, com roteiro tão fraco, definitivamente não se carrega no valor de produção.
Extinction é ruim. A menos que a intenção seja 100% uma descontração sem o mínimo de raciocínio – ou atenção -, não recomendo.
EN
With the notable growth in the sci-fi public, Netflix has, recently, increased the quantity of products of this gender available on its platform and even its own productions in the category. Extinction is one of their last bets on the gender of the company.
Peter (Michael Peña, Luis in Ant-Man) is a father who is constantly terrorized by insistent dreams in which he loses his family. Insomnia and irritability amongst the regular troubles of a daily ordinary family life cause tension and disconnection between the members of the household. When the father’s dreams come true, through an aggressive, destructive and massive planet invasion, the family has to fight together to survive the attacks.
There is literally nothing original or obviously interesting in the script of this work, besides the plot twist – that isn’t exactly original, but still unexpected. In the end of the day, this is just a production with Blockbuster ambition that loses her impact being repressed by the small screens of the platform.
Meanwhile the company has presented good productions that are being quickly consumed and adored by the public (since Stranger Things, at least), apparently, in the midst of festival discussion and market positioning, Netflix has been losing itself when not knowing to create content that fit the small screens they it's directed to.
The special effects are reasonable and the action scenes are provoking enough. Every emotive cliché ever used in sci-fi films are present, such as the obvious emotional appeal in children and parenthood challenges in the middle of the apocalypse. However, almost none of this works due to average to weak acting, like Peña's.
The company has been increasing considerably – and in a very short time! – the production of series and films directed to the sci-fi public who is, traditionally, hard core consumers of products of the gender but has been failing and, this time, miserably. The will is to jump or speed up over half of the film that is, definitely, not carried by its production value, due to such a bad script.
Extinction is bad. Unless the intention is 100% to to relax without minimal use of brains – or attention even -, it’s not recommended.
Comments