O descaso com o meio ambiente é um fator sistêmico que autodestrói a sociedade contemporânea a passos largos, mas de forma silenciosa. Uma civilização construída de forma harmônica não consegue existir sem compreensão plena do uso dos espaços que ocupa. A falta de vegetação, a poluição e uso desenfreado de materiais poluentes no cotidiano interfere diretamente na qualidade de vida de todas as pessoas.
As ilhas de calor, por exemplo, são um fenômeno muito frequente em grandes centros urbanizados: cheias de asfalto, pavimentos e concreto (com a maior concentração de prédios, por exemplo), essas cidades tem maior tendência a acumular calor, elevando a temperatura média do lugar. A falta de arborização nesses espaços, além de colaborar com esse fenômeno e, claro, o aquecimento global e o efeito estufa.
Outro grande colaborador do efeito estufa é o uso desenfreado de veículos a base de combustíveis fósseis. Esse fator, combinado com a falta de área verde, ajuda no aquecimento da superfície da terra. Além disso, os poluentes jogados no ar/atmosfera diariamente também são grandes responsáveis pelo crescimento de doenças como bronquite e câncer (principalmente de pulmão).
O uso do plástico é absurdo e responsável por inúmeros impactos ambientais, configurando quase que um terrorismo ativo contra o meio ambiente, em especial ao oceano e animais marinhos. Esse ano, após muita pressão, o uso de canudos plásticos foi proibido na metrópole do Rio de Janeiro.
O uso de agrotóxicos também é um grande problema de saúde pública. A ingestão dos venenos utilizados na produção em massa desses alimentos causa diversos problemas de saúde nas pessoas, mas, especialmente, na população mais pobre, que não tem acesso ao luxo de consumir alimentos derivados de colheitas responsáveis. Esses produtos também degeneram o solo em grande velocidade e, cada vez mais, o torna inapto para crescer produtos saudáveis.
Claro que grande parte dos problemas acima mencionados deriva de um crescimento populacional grande e não planejado, além da grande migração para centros urbanos que teoricamente gerariam maiores e melhores oportunidades de trabalho.
No final das contas, tem-se uma população que desrespeita o espaço que ocupa – não respeitando cotas de área verde em imóveis privados, jogando lixo na rua, etc. – e gera para si mesmos problemas sociais. Não tiramos, contudo, a responsabilidade governamental de planejar esses espaços, prevenir e remediar problemas de ocupações não planejadas e garantir, dentro dos direitos básicos de saúde e moradia, o crescimento sustentável de uma sociedade harmoniosa. O governo é sim o maior responsável, principalmente quando:
- Ele abre grandes concessões para o agronegócio;
- Não se empenha na ampliação do saneamento BÁSICO;
- Não procura ou facilita formas alternativas de geração de energia (isso poderia, inclusive, ser um grande responsável por mudanças sociais enormes);
- Não averigua a cota necessária de área verde nas cidades;
- Não aplica as multas necessárias em atividades que ativamente depredam o meio ambiente, o solo e devastam ambientes inteiros, como a metalurgia (Alô, Samarco: vocês se lembram de Mariana?)
- E tantas outras coisas.
É responsabilidade do cidadão, mais do que lamentar ursos polares sem casas e moradias perdidas em tempestades e desastres definitivamente não naturais, se informar, pressionar órgãos governamentais e educar crianças na tentativa de uma sociedade sustentável. Isto é, numa sociedade que consegue se manter num ciclo harmonioso de atividades e suas consequências, sejam elas direta ou indiretamente ambientais.
Outro grande problema ambiental é a negligência com relação aos animais que, vivendo no mesmo mundo que o homem, definitivamente deveriam ter seus direitos ou, pelo menos, serem mais enxergados com empatia. A violência animal é real, frequente e assustadora. Revela o potencial agressivo e destrutivo de uma sociedade egocêntrica e problemática.
Os animais também são parte integrante da sociedade. Ainda mais num contexto em que cada vez há uma quantidade menor de filhos e maior de animais domésticos. Animais abandonados são um problema sério para a saúde pública, principalmente em grandes cidades, pois podem portar e transmitir doenças para diversos polos urbanos.
Talvez o melhor exemplo que exista desse problema é a peste negra, na Idade Média, cujo maior responsável pela disseminação foi o rato. Mas se você ainda não acha isso tão grave, que tal pensar por um minuto que raiva e leishmaniose são duas doenças que os humanos podem pegar?
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Calil, contudo, cedeu a alguma pressão pública em cima da necessidade de tratamento veterinário acessível e alegou que até o final de 2018 haverá na cidade um hospital veterinário público. Isso, assim como qualquer outra pauta em saúde, deveria entrar nos planos de grande parte dos presidenciáveis e demais políticos sérios.
Para ampliar (ou começar) uma discussão séria sobre esses temas, sugerimos, hoje, uma lista com dez filmes.
DIREITOS DOS ANIMAIS
Okja (Joon-ho Bong, 2017)
Uma multinacional cria uma nova raça de porco capaz de suprir as demandas mundiais de alimento de forma mais eficiente. Para isso, eles enviam alguns filhotes para serem criados de formas variadas em várias partes do mundo, numa forma de competição. Okja é um desses porcos. Quando o animal é escolhido como o vencedor e levado para ser exibido e, claro, abatido, a menina que o criou, Mikha (Ahn Seo-hyun), corre contra o tempo para resgatá-lo.
Por quê?
Okja é um conto simples sobre a violência animal e a compreensão de que eles, assim como nós, também têm vidas para serem vividas, respondem a seus ambientes e sentem afeto, medo e dor. Questiona toda uma indústria alimentícia baseada em morte e medo, através de crueldade.
A Ilha dos Cachorros (Wes Anderson, 2018)
Isle of Dogs
Num globo frio, cinza e cheio de intolerância, quem diria que o que o mundo do cinema precisava era de um conto sobre cachorros, dotado de sentimentos pós-apocalípticos e cores quentes? A Ilha dos Cachorros, dirigido pelo sempre brilhante e impecável Wes Anderson, é a primeira obra cinematográfica do diretor desde O Grande Hotel Budapeste (2014) e o segundo longa animado que lança, o primeiro sendo O Fantástico Sr. Raposo (2009).
Por quê?
O filme, apesar de ter uma profunda leitura sobre minorias e intolerância como um todo, trabalha bem a ideia do que é acreditar e lutar pelo direito dos animais: criaturas completamente vulneráveis às decisões e forças humanas e que não fazem nada além de responderem ao ambiente em que são inseridos e serem bons companheiros. Não há cachorros violentos, há maus donos ou objetivos hostis.
Deus Branco (Kornél Mundruczó, 2014)
Fehér isten
Lili mora com a mãe. Contudo, quando esta viaja, se vê forçada a viver com o pai e, portanto, abrir mão de seu cachorro o qual, porque não tem raça definida, não é socialmente aceito. Enquanto o animal procura sobreviver nas ruas hostis, a menina o procura avidamente e acaba desencadeando uma revolta.
Por quê?
Vencedor do prêmio Un Certain Regard de 2015 em Cannes, o filme mostra muito claramente a crueldade existente no ato de abandonar um cachorro, simplesmente pelos encargos econômicos que este pode causar. (Tudo e todos é sujeito a algum tipo de gasto, é uma vida: usa espaço, vive, come, etc.!) Além disso, ele conversa muito bem numa reviravolta do que seria se esses mesmos seres marginalizados tratassem o homem como são tratados: descaso; desumanização; violência. É como se uma sociedade inteira conspirasse a favor desse tratamento; um exército contrário a existência dos bichos. Eles resolvem responder a altura.
O fator incrível extra é que os cachorros desabrigados usados no filme todos acharam lares depois das gravações, devido a uma campanha feita pela produção!
101 Dálmatas (Stephen Herek, 1996)
101 Dalmatians
Apaixonada por casacos de peles, Cruella De Vil (Glenn Close) sequestra os filhotes de cães da sua subordinada e marido, Anita (Joely Richardson) e Roger (Jeff Daniels). Os pais dos filhotes, Pongo e Perdita vão procura-los e combater os cruéis bandidos a mando de Cruella.
Por quê?
Muito se fala na crueldade existente no usar pele animal para a moda, mas pouco se faz. Esse filme coloca animais domésticos e mais próximos do dia a dia de pessoas comuns no lugar desses animais (como vacas ou cobras) que são constantemente violentados e maltratados para servir de recurso “fashion” para as pessoas.
Um Hotel Bom pra Cachorro (Thor Freudenthal, 2009)
Hotel for Dogs
Órfãos, os irmãos Andi (Emma Roberts) e Bruce (Jake T. Austin) não podem manter o cachorro deles, Sexta-Feira, no lar provisório em que foram colocados e correr o risco de não conseguirem achar outro lar em que possam ficar juntos. Um dia, acham um hotel abandonado para abrigar a mascote, mas nele já viviam alguns cães. Nisso, usando de suas habilidades e alguns parceiros inesperados, fundam um lar para cães abandonados.
Por quê?
O filme mostra que mesmo as pequenas ações com poucos recursos podem significar muito para criaturas que foram destratadas e renegadas em uma vida marginal e cruel. Além de demonstrar que, sempre que há alguém disposto a fazer o bem, haverão sim pessoas dispostas a segui-la em direção a algo bom e produtivo. Os animais, assim como nós, precisam de cuidados e condições básica para viver. O fato do ser-humano ser pensante não o torna prioridade no ecossistema em que vivemos (e nem deveria!). Para tudo na vida, um equilíbrio.
MEIO AMBIENTE
Wall-E (Andrew Stanton, 2008)
Wall-E é o último robô em funcionamento na Terra. Ele é autossuficiente passa seus dias arrumando o lixo do planeta. Contudo, durante seus mais de 700 anos de existência, o robô desenvolve uma personalidade. Um dia, ele, ao avistar Eve – uma sonda mecânica na missão de encontrar vida no planeta -, se apaixona e decide segui-la por toda a galáxia.
Por quê?
O ganhador do Oscar de animação em 2009, demonstra com muita clareza o que a raça humana pode esperar do futuro, caso continue com a mesma conduta. Privilegiar corporações e consumo em detrimento ao ambiente que ocupamos e humanização harmoniosa do espaço, através de hábitos saudáveis, apenas levará os humanos à ruína.
Erin Brockovich: Uma Mulher de Talento (Steven Soderbergh, 2000)
Erin Brockovich
Erin (Julia Roberts) é uma mulher que está passando por um momento difícil da sua vida, após um acidente de carro. Nisso, ela pede a seu advogado que a contrate para trabalhar em seu escritório de advocacia e, quando ela o faz, encontra alguns arquivos médicos. Investigando-os a fundo, descobre que uma grande companhia está contaminando a água de uma comunidade local e, portanto, causando doenças e seus residentes.
Por quê?
O filme, baseado em fatos reais, primeiramente demonstra que todos são sim afetados pelo descuido com fatores ambientais. Segundo, ele demonstra que, uma vez unidos em prol de um objetivo – este, normalmente, simples – é possível alterar as condições aos quais somos impostos e, desta maneira, melhorar a nossa qualidade de vida.
Mãe! (Darren Aoronofsky, 2017)
Mother!
Uma mulher (Jennifer Lawrence) se muda com seu marido escritor (Javier Bardem), que está sofrendo com bloqueio criativo, para o interior em busca de uma vida mais leve e ideal, longe de seus problemas, na intenção da mudança conseguir trazer boas. Pensando que conseguiriam construir esse novo lar e vida de forma pacata, ambos são surpreendidos por visitantes inesperados. Ela se perturba com isso. Ele nem tanto.
Por quê?
Mãe! É uma obra cinematográfica na forma de uma grande e complexa analogia que conversa sobre mais de um tema. A leitura da analogia religiosa é bem simples de entender, uma vez que se pega o fio da meada. A segunda e mais básica leitura do filme conversa sobre o uso e destruição dos espaços que ocupamos, principalmente o meio ambiente, onde essencialmente moramos.
Saneamento Básico, O Filme (Jorge Furtado, 2007)
Basic Sanitation, The Movie
Precisando de tratamento de esgoto, os moradores de uma pequena vila formam uma comissão e vão procurar na prefeitura os recursos para fazer a obra. Contudo, mesmo reconhecendo a necessidade do pedido, alegam não ter verba para realização dela, mas há dinheiro disponível para a gravação de um filme – governo disponibilizado pelo governo federal, que precisa ser usado. Logo, os moradores decidem realizar a obra enquanto gravam um filme sobre ela. Para a captação do recurso, contudo, um projeto deve ser construído e apresentado. Coisa que eles o fazem tentando elaborar um filme barato.
Por quê?
Saneamento Básico, como muitas coisas na política nacional, começa com intenções nobres, fruto da necessidade de mudanças. Essas, contudo, são desviadas entre as enormes burocracias para adquirir direitos básicos e desvios morais depois de uma perspectiva diferente na vida. Isso de forma alguma significa que a realidade para essas pessoas mudou.
A Última Hora (Leila Conners, 2007)
The 11th Hour
Narrado por Leonardo DiCaprio esse documentário questiona e expõe grandes problemas vividos no mundo contemporâneo, principalmente os ambientes, contando com a visão de grandes figuras como o Ex-líder soviético Mikhail Gorbachev e o cientista Stephen Hawking.
Por quê?
O filme não só expõe os problemas ambientais e os agentes responsáveis pelas consequências desses impactos como também tenta trazer alternativas e soluções para eles.
Outras listas sobre política:
Que presidenciáveis falam de direitos ambientais e dos animais?
Alvaro Dias, PODEMOS
-Não fala de direitos dos animais.
-Afirma que o meio-ambiente não deverá ser negligenciado.
-Menções gerais e simples (páginas 5, 8 e 10)
Ciro Gomes, PDT
-Afirma que criará política de proteção aos animais (página 25)
-Fala de desenvolvimento vinculado ao meio ambiente.
-Apresenta propostas em tópicos (páginas 22-25)
Eymael, DC
-Afirma que protegerá o meio ambiente (página 6)
-Menção rasa, em tópico.
Geraldo Alckmin, PSDB
-Afirma que cumprirá as regras do Acordo de Paris (página 8)
-Menção rasa.
Guilherme Boulos, PSOL
-Um Programa Para Construir e Manter Cidades (página 115) ; Terra Território e Meio Ambiente: Um Novo e Urgente Modelo de Desenvolvimento (específicas de meio ambiente, páginas 132-138)
-Propostas apresentadas em forma de texto.
Henrique Meirelles, MDB
-Valorização de patrimônios naturais (página 15-16)
- Menção rasa em tópicos.
João Amoedo, NOVO
-Responsabilidade Com as Futuras Gerações com Foco Na Sustentabilidade e Um Agronegócio Moderno Indutor do Desenvolvimento (páginas 20-21)
-Propostas em tópico.
João Goulart Filho, PPL
-Respeito ao meio ambiente (ícone 11, página 5)
-Ideias gerais, em texto.
Haddad, PT
- Proteção e defesa dos animais (ícone 5.4.8, página 54)
-Transição Ecológica Para a Nova Sociedade do Século XXI (páginas 43-56)
-Diversas propostas, em tópicos.
Marina Silva, REDE
-Bem-estar animal (página 14)
-Proposta em texto corrido.
-Cidades Sustentáveis e Urbanismo Colaborativo (página 15)
-O Brasil na Economia do Futuro com Sustentabilidade, Inovação e Emprego (páginas 15-16)
-Infraestrutura Para o Desenvolvimento Sustentável (páginas 16-17)
-Liderança na Transição Para uma Economia de Carbono Neutro (páginas 17-18)
-Qualidade de Vida No Campo (páginas 18-19)
-Propostas apresentadas em texto corrido.
Vera, PSTU
-Respeito ao meio ambiente (ícone 3, página 2)
-Harmonia com o meio ambiente (ícone 7, página 3)
EN
Disregard for the environment is a systemic factor that self-destructs contemporary society with great strides, but in a silent way. A harmoniously constructed civilization cannot exist without fully understanding the use of the spaces it occupies. Lack of vegetation, pollution and unrestrained use of polluting materials in daily life directly interfere with the quality of life of all people.
Heat islands, for example, are a very common phenomenon in large urbanized centres: full of asphalt, pavements and concrete (with the highest concentration of buildings, for example), these cities tend to accumulate heat, raising the average temperature of the place. The lack of afforestation in these spaces, besides collaborating with this phenomenon and, of course, global warming and the greenhouse effect.
Another major contributor to the greenhouse effect is the rampant use of fossil-fuel vehicles. This factor, combined with the lack of green area, helps in warming the earth's surface. In addition, pollutants thrown into the air / atmosphere daily are also largely responsible for the growth of diseases such as bronchitis and cancer (mainly lung).
The use of plastic is absurd and responsible for innumerable environmental impacts, configuring almost an active terrorism against the environment, especially the ocean and marine animals. This year, after much pressure, the use of plastic straws was banned in the metropolis of Rio de Janeiro.
The use of agrochemicals is also a major public health problem. Ingestion of the poisons used in the mass production of these foods causes various health problems in people, but especially in the poorest population, who do not have access to the luxury of consuming food derived from responsible crops. These products also degenerate the soil at great speed and, increasingly, make it unfit to grow healthy products.
Of course, much of the above-mentioned problems stem from large, unplanned population growth, as well as large migration to urban centres that would theoretically generate greater and better job opportunities.
In the end, there is a population that disrespects the space it occupies - not respecting green area quotas in private properties, throwing garbage on the street, etc. - and generates social problems for themselves. However, we do not remove the governmental responsibility to plan such spaces, to prevent and remedy problems of unplanned occupations and to guarantee, within the basic rights of health and housing, the sustainable growth of a harmonious society. The government is most responsible, especially when:
-
It opens big concessions for agribusiness;
- Does not commit to the expansion of basic sanitation;
- Does not seek or facilitate alternative forms of energy generation (this could even be a major responsible for huge social changes);
- Does not find out the necessary quota of green area in the cities;
- Does not apply the necessary fines in activities that actively deprecate the environment, soil and devastate entire environments, such as metallurgy (Hello, Samarco: do you remember Mariana?)
-And so many other things.
It is the citizen's responsibility to mourn polar bears without homes and homes lost in storms and disasters, to inform themselves, to pressure government agencies, and to educate children in the attempt of a sustainable society. That is, in a society that can maintain itself in a harmonious cycle of activities and its consequences, whether directly or indirectly environmental.
Another major environmental problem is neglect of animals that, living in the same world as men, should definitely have their rights or at least be more empathic. Animal violence is real, frequent and frightening. It reveals the aggressive and destructive potential of an egocentric and problematic society.
Animals are also an integral part of society. Even more so in a context where there are fewer and fewer children and more domestic animals. Abandoned animals are a serious problem for public health, especially in large cities, as they can carry and transmit diseases to various urban centres.
Perhaps the best example of this problem is the Black Plague, in the Middle Ages, whose main responsibility for the spread was the mouse. But if you still do not think it so serious, how about thinking for a minute that rabies and leishmaniosis are two diseases that humans can get?
The mayor of Belo Horizonte, Alexandre Calil, however, yielded to some public pressure over the need for affordable veterinary care and claimed that by the end of 2018 there will be a public veterinary hospital in the city. This, like any other health agenda, should enter into the plans of most presidential and other serious politicians.
To broaden (or begin) a serious discussion on these themes, we now suggest a list of ten films.
ANIMAL RIGHTS
Okja ( Joon-ho Bong , 2017)
A multinational company creates a new breed of pig that can meet the world's food demands more efficiently. For this, they send some puppies to be created in varied forms in various parts of the world, in a form of competition. Okja is one of those pigs. When the animal is chosen as the winner and taken to be displayed and, of course, slaughtered, the girl who created it, Mikha ( Ahn Seo-hyun ), runs against time to rescue him.
Why?
Okja is a simple tale about animal violence and the realization that they, like us, also have lives to live, respond to their environments and feel affection, fear and pain. It questions a whole food industry based on death and fear, through cruelty.
Isle of Dogs (Wes Anderson, 2018)
In a cold, gray globe full of intolerance, who would say that what the world of cinema needed was a tale about dogs, endowed with post-apocalyptic feelings and warm colors ? The Island of the Cubs, directed by the always brilliant and impeccable Wes Anderson, is the director's first cinematographic work since The Great Hotel Budapest (2014) and the second animated feature that launches, the first being The Fantastic Mr. Raposo (2009).
Why?
The film, despite having a profound reading about minorities and intolerance as a whole, works well the idea of what it is to believe and fight for animal rights: creatures completely vulnerable to human decisions and forces and who do nothing but respond to the environment in which they are inserted and are good companions. There are no violent dogs, there are bad owners or hostile goals.
White God ( Kornél Mundruczó , 2014)
Fehér isten
Lili lives with her mother. However, when she travels, she is forced to live with her father and, therefore, to give up her dog which, because it has no defined race, is not socially accepted. While the animal seeks to survive in the hostile streets, the girl searches eagerly and ends up triggering a revolt.
Why?
Winner of the Un Certain Regard of 2015 in Cannes, the film shows very clearly the cruelty that exists in the act of abandoning a dog, simply by the economic charges that this can cause. (Everything and everyone is subject to some kind of expense, it is a life: use space, live, eat, etc.!) Moreover, he speaks very well in a turnaround of what would be if those same outcasts treated man as treated : neglect; dehumanization; violence. It is as if a whole society conspires in favor of this treatment; an army opposed to the existence of bugs. They resolve to respond to the height.
The incredible extra factor is that the homeless dogs used in the movie all found homes after the recordings, due to a campaign made by the production!
101 Dalmatians (Stephen Herek , 1996)
In love with fur coats, Cruella De Vil (Glenn Close) kidnaps the puppies of her subordinate dogs and her husband, Anita ( Joely Richardson) and Roger (Jeff Daniels ). The parents of the puppies, Pongo and Perdita go to look for them and to fight the cruel bandits to the control of Cruella .
Why?
There is much talk about the cruelty of using animal fur for fashion, but little is done. This film places domestic animals closer to the day-to-day lives of ordinary people in place of these animals (such as cows or snakes) who are constantly abused and mistreated to serve as a " fashion " resource to people.
Hotel For Dogs (Thor Freudenthal, 2009)
Orphans, brothers Andi (Emma Roberts) and Bruce ( Jake T. Austin) cannot keep their dogs on Friday at the foster home they were placed in and run the risk of not being able to find another home they can be together in .One day they found an abandoned hotel to house the mascot, but some dogs were already living there. In this, using their skills and some unexpected partners, they found a home for abandoned dogs.
Why?
The film shows that even small actions with few resources can mean a lot to creatures who have been disowned and renegade in a marginal and cruel life. In addition to demonstrating that whenever there is someone willing to do good, there will be rather people willing to follow it toward something good and productive. Animals, like us, need basic care and conditions to live. The fact that the human being is thinking does not make it a priority in the ecosystem in which we live (and should not!). For everything in life, a balance.
ENVIRONMENT
Wall-E (Andrew Stanton , 2008)
Wall-E is the last working robot on Earth. He is self-reliant spending his days fixing the garbage on the planet. However, during its more than 700 years of existence, the robot develops a personality. One day, when he seesEve - a mechanical probe on the mission to find life on the planet - he falls in love and decides to follow her throughout the galaxy.
Why?
The animated Oscar winner in 2009 clearly demonstrates what the human race can expect from the future if it continues with the same course of action. Privileging corporations and consumption to the detriment of the environment we occupy and harmonious humanization of space, through healthy habits, will only lead humans to ruin.
Erin Brockovich (Steven Soderbergh, 2000)
Erin (Julia Roberts) is a woman who is going through a difficult time of her life after a car accident. In this, she asks her lawyer to hire her to work at her law firm, and when she does, she finds some medical files.Investigating them in depth finds out that a large company is contaminating the water of a local community and thus causing illnesses and its residents.
Why?
The film, based on real facts, first shows that everyone is affected by carelessness with environmental factors. Second, it shows that once united in pursuit of a goal - this, usually simple - it is possible to change the conditions to which we are imposed and in this way to improve our quality of life.
Mother! (Darren Aoronofsky , 2017)
A woman (Jennifer Lawrence) moves with her husband writer (Javier Bardem), who is suffering with creative blocking, to the interior in search of a lighter and ideal life, away from their problems, in the intention of the change manage to bring good. Thinking that they could build this new home and life in a quiet way, both are surprised by unexpected visitors. She gets upset about it. He's not so bad.
Why?
Mother! It is a cinematographic work in the form of a great and complex analogy that talks about more than one theme. The reading of the religious analogy is quite simple to understand, once you get the thread of the skein. The second and most basic reading of the film talks about the use and destruction of the spaces we occupy, especially the environment, where we essentially live.
Basic Sanitation , The Movie (Jorge Furtado, 2007)
In need of sewage treatment, the residents of a small village form a commission and go to the city hall to find the resources to do the work. However, even acknowledging the need for the petition, they claim to have no money to carry it out, but there is money available for the recording of a film - government made available by the federal government that needs to be used. Soon, the villagers decide to do the work while filming a movie about it. For resource capture, however, a project must be built and presented. Thing they do it trying to craft a cheap movie.
Why?
Basic sanitation, like many things in national politics, begins with noble intentions, fruit of the need for change. These, however, are diverted between huge bureaucracies to acquire basic rights and moral deviations after a different perspective on life. This in no way means that the reality for these people has changed.
The 11th Hour (Leila Conners , 2007)
Narrated by Leonardo DiCaprio this documentary questions and exposes great problems lived in the contemporary world, especially the environments, counting on the vision of great figures like the Soviet ex-leader Mikhail Gorbachev and the scientist Stephen Hawking.
Why?
The film not only exposes the environmental problems and agents responsible for the consequences of these impacts but also tries to bring alternatives and solutions to them.
Please watch the trailers above.
Other political lists:
