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Vamos conversar sobre o Coronavirus?

  • Foto do escritor: Maria Fernanda de Sá
    Maria Fernanda de Sá
  • 26 de mar. de 2020
  • 4 min de leitura

Popularmente conhecido com Coronavirus, o vírus Sars-Cov-2 tem ganhado visibilidade pela rapidez em que é disseminado e grau de mortalidade observado, principalmente, em países europeus. Ele é um agente que atua nas vias aéreas e que, em grande parte dos casos, se instala unicamente na parte superior do sistema respiratório; no nariz e na garganta, atuando de maneira similar a outros vírus conhecidos, como o da gripe. 


Por tais motivos, é comum que pessoas que tenham a COVID-19 (Corona Virus Disease, ou Doença do Coronavírus, em tradução livre), apresentem sintomas como coriza e dor de garganta, sendo que a maior parte dos casos não extrapola muito esses traços. Na menor parte dos ocorrências, o vírus alcança as vias inferiores, como a traqueia e os brônquios e pode causar inflamações. Nos casos graves, ele causa insuficiência respiratória, pelo comprometimento dos alvéolos (pequenas estruturas do pulmão, responsáveis por transportar o ar até a corrente sanguínea) e exige medidas mais drásticas para a recuperação, como respiração mecânica. 


Viroses são doenças transmitidas por gotículas e fluídos de pessoas atingidas para pessoas saudáveis. Desta maneira, o contato não somente com indivíduos doentes, assim como com coisas com as quais elas tiveram contato – que vão da escova de dentes ou do banco do ônibus até a uma embalagem no sacolão - pode ser responsável pela absorção do corpo desse agente infeccioso, caso exista o contato com olhos, boca ou nariz, principalmente. 


É por este motivo que a OMS recomenda o asseio como um dos melhores métodos de se proteger, não só contra essa nova doença, mas como diversas outras viroses que acometem a sociedade cotidianamente. Entre as outras recomendações estão: o afastamento de outras pessoas por, pelo menos, 2m de distância e o uso de máscara (por pessoas doentes).


No caso da pandemia atual, a recomendação generalizada é o uso da quarentena para a contenção do vírus e tentativa de redução de casos. O Coronavirus é um agente cujo o período necessário entre a infecção de uma pessoa pelo vírus e o aparecimento de sintomas é de até 14 dias (tempo de incubação). É por isso que, inicialmente, diversos locais do Brasil estão inferindo o recolhimento e confinamento por, pelo menos, duas semanas.


A pessoa, ainda que sem sintomas, pode ser responsável por passar essa doença para outros durante suas atividades de rotina e, em isolamento social, esse efeito de transmissão é menos frequente e menos rápido, evitando uma superlotação de doentes do sistema público de saúde que, assim, será capaz de atender mais eficientemente casos graves e urgentes, não apenas da nova doença.  


Por isso, também, é importante entender que apesar do terror de uma nova doença desconhecida, a taxa de mortalidade dela é muito baixa e, por ser majoritariamente similar a uma gripe, nem todos os casos demandam atendimento hospital. As recomendações são que apenas pessoas com falta de ar e febre insistente, ainda que com o uso de medicamentos, sejam direcionadas à prontos-socorros.


Não há, ainda, capacidade pública de teste para todas as suspeitas do novo vírus logo, os casos reportados, provavelmente, já são infinitamente menores aos reais atualmente, inclusive quanto à quantidade de fatalidades.


Quando um homem eleito ao cargo de Presidente da República se opõe a recomendações de órgãos nacionais e internacionais de saúde, para atenuar uma crise global como essa e cria empecilhos financeiros constantes que englobam a maioria da população dentro da escolha de como morrer, ele falha amplamente seus leitores, sua nação e sua humanidade. O último pronunciamento feito por Jair Messias Bolsonaro, no dia 24 de março, é mais uma prova de sua incapacidade de gestão, administração de danos e diplomacia. 

Já é uma tarefa árdua conseguir com que pessoas abdiquem de suas rotinas provisoriamente, abrir uma conversa sincera sobre o que está e pode acontecer em breve e, acima de tudo, conscientizar uma sociedade cada vez menos empática às necessidades do outro e a implantação de novos hábitos, essenciais para um crescimento global saudável. O que ele fez foi um desserviço e amostra gratuita de crueldade, que o deixa tampouco amparado por muitas partes do corpo político que uma vez o defendeu.


É por este motivo que, depois de tanto tempo, o Clube do Monóculo volta, porque se silenciar num momento como este é ser conivente com um plano de governo genocida num momento que pede por união e esperança na informação e força de vontade das pessoas.


Hoje, trazemos três séries e/ou filmes para começar uma conversa com crianças - e você, claro, quem não precisa de uma revisão? - sobre o corpo e doenças, na tentativa de introduzi-las aos meios de se proteger contra elas e, claro, a COVID-19.

1.Osmose Jones (2001, Bobby Farrelly, Peter Farrelly, Tom Sito) Frank é um policial que não se alimenta bem e vive uma vida sedentária. Quando um vírus novo e letal entra no seu corpo, seus glóbulos brancos correm contra o relógio biológico para perseguir e destruir essa ameaça.


2.Viagem Fantástica (1996, ‎Richard Fleischer)

Um cientista quase é assassinado. Para salvá-lo, um submarino é encolhido para um tamanho microscópico e injetado em sua corrente sanguinea com uma pequena tripulação. Problemas aparecem assim que entram.


3.O Ônibus Mágico (1994)

Temporada 01, episódio 03. 

Ralphie tem uma febre e a turma investiga de perto, dentro dele.

Temporada 04, episódio 05.

A turma faz uma visita às células de Arnold para saber porque ele está laranja.


Em tempos de crise como este não existe maneira certa de agir. Procurem sempre ajuda, estejam sempre acompanhados (virtualmente e/ou à distância) e se ocupem de coisas que te façam bem. Se puderem ficar em casa, evitem de sair por motivos triviais. É com a consciência coletiva que se derruba ignorância e momentos sombrios como estes.


Vale ressaltar a importância do sistema público de saúde (SUS) neste momento e entender que preservá-lo e utilizá-lo apenas quando necessário, é preservar o país, a economia e a estabilidade sociocultural que temos - ou procuramos ter.

Abaixo, algumas listas de filmes para que relembremos a importância de políticas públicas que permeiam a saúde, principalmente em momentos caóticos como os vividos recentemente:


DEMOCRACIA

SAÚDE


 
 
 

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